
"Não era noite nem
dia/ Eram campos,
campos, campos/ abertos num sonho quieto" |
Manuel
Lopes da Fonseca nasceu em 15 de Outubro de 1911, em Santiago do Cacém.
Aqui se manteve até completar a instrução primária.
Desde muito cedo, por influência do pai,
se iniciou no mundo da leitura.
Na escola, cultiva a sua paixão pela escrita.
A continuação dos estudos leva-o a Lisboa onde frequenta o colégio Vasco da Gama, o
Liceu Camões e a Escola Lusitânia e, mais tarde, a Escola de Belas Artes. As férias
passa-as em Santiago do Cacém.
Na grande cidade dá longos passeios. A vida nocturna fascina-o.
Encontra os seus primeiros empregos no comércio
e na indústria. Apesar de muito ocupado, encontra tempo para o toureio e o desporto -
jogou futebol, interessou-se pela espada e florete e ousou mesmo ganhar um
campeonato de boxe.
Em 1925 publica num semanário de província os
seus primeiros versos e narrativas.
Foi habitual colaborador em revistas literárias,
como O Pensamento, Vértice, Sol Nascente e Seara
Nova. Contestatário e observador por natureza, a sua escrita era seguida de perto
pela censura.
Faleceu em 11 de Março de 1993, com 81 anos.
OBRA:
Rosa dos Ventos (poemas), 1940
Planície (poemas), 1942
Aldeia Nova (contos), 1942
Cerromaior (romance), 1943
O Fogo e as Cinzas (contos), 1951
Seara de Vento (romance), 1958
Poemas Completos, 1958
Um Anjo no Trapézio (contos), 1968
Tempo de Solidão (contos),1973
Antologia de Fialho de Almeida (sel. e intr.), 1984
Crónicas Algarvias (contos), 1986
À Lareira, Nos Fundos da Casa
onde o Retorta Tem o Café, 2000
O Vagabundo na Cidade (crónicas), 2001
Pessoas na Paisagem, 2002

Poemas na voz de
Luís Gaspar (mp3):
Mataram a Tuna
Estradas
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