 
Um Percurso
Como
tudo Começou
Este clube existiu na Escola Secundária Manuel da Fonseca,
em Santiago do Cacém, desde 1991 até 2001
Tudo começou com a promoção de ciclos de cinema, acompanhados de guiões de
exploração pedagógica.
O vídeo e a televisão constituiam os restantes vectores do clube.
Para além de uma ocupação saudável dos tempos
livres, pretendia-se formar alunos e professores na utilização de técnicas de recolha,
tratamento e divulgação de imagens vídeo.
Em 1993, o trabalho do clube foi
alvo de uma reportagem no programa Praça Pública da SIC.
 
As
Instalações
Existe um estúdio, com equipamento
para a captação e montagem de imagens. A escola dispõe de um circuito interno, por
cabo, que emitia os programas de televisão realizados pelos alunos do clube e os programas
de televisão e rádio produzidos pelos alunos do Curso Tecnológico de Comunicação.
Este espaço funcionava em estreita articulação com o Curso Tecnológico de Comunicação
e apoiava actividades no âmbito da Área-Escola.
Os alunos utilizavam estes recursos
para a realização de trabalhos disciplinares e extracurriculares, embora com uma
frequência menor do que no início. Os professores, ainda que com menor frequência,
realizavam montagens de videogramas, adaptando-os aos currículos e à duração das aulas.
  
O Trabalho
O clube, em colaboração com o Curso Tecnológico de
Comunicação, produziu programas de
informação,
reportagens,
debates e
directos, no âmbito da escola e do meio. Destacamos:
- a gravação de espectáculos de teatro e música
da escola;
- a gravação e emissão em directo de colóquios,
debates e mesmo de uma videoconferência sobre o associativismo juvenil entre a escola e o
Secretário de Estado da Juventude (em directo de Lisboa) com a colaboração da Portugal
Telecom;
- a cobertura das actividades da Feira-Festa da
Juventude (que durante cinco anos reuniu todas as escolas do concelho) e da sua sucessora
a nível de escola - a Escola Aberta;
- a cobertura de espectáculos da Antena Miróbriga
Rádio;
- a gravação de espectáculos do grupo de teatro
Gato SA, de Santo André;
- o registo de imagens e produção de videogramas
sobre as actividades de escavação e restauro nas ruínas romanas de Miróbriga;
- a realização de videogramas sobre as
comemorações dos 100 anos do automóvel em Portugal.
Uma
Reflexão
Só a descodificação e
experimentação de processos de realização, selecção e montagem de informação
permite que os alunos desenvolvam hábitos de visionamento activo e crítico das imagens e
se conciencializem de que as imagens, mais do que testemunhas, se constituem antes como
interpretações do real.
Verifica-se que a integração e utilização dete tipo de recursos na escola se torna
cada vez mais natural e espontânea. Mas a utilização criativa e orientada das imagens
deve ser entendida como apenas mais um recurso à disposição de alunos e professores,
sem pretender substituir a informação escrita.
O Cinema
O cinema teve um papel
importante nos primeiros anos do cluben. Hoje verifica-se uma generalizada falta de interesse, por parte de alunos e professores,
em relação ao visionamento de filmes (projectados em écran gigante). E porquê? Talvez
porque os horários, com demasiadas aulas, deixem pouco tempo livre e os alunos prefiram
descansar em casa a permanecer na escola; talvez porque ver filmes, numa sala com mais
pessoas, já não atraia os alunos, mais habituados ao visionamento de filmes em casa;
talvez porque, por falta de hábito, os alunos não consigam já estar duas horas seguidas
numa sala a ver um filme.
Mas as condições existem e talvez ainda seja possível restaurar o interesse pelo
cinema, pois a projecção em grande écran proporciona uma aproximação à magia do
cinema - a partilha de imagens e emoções, muito diferente do visionamento mais isolado e
fragmentado permitido pelos ecrãs de televisão. Enfim, a cada meio a sua linguagem e a
sua especificidade.
|